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terça-feira, 25 de junho de 2019

Godzilla 2 — O Rei dos Monstros | Análise do filme


Godzilla 2
Título: Godzilla 2: O Rei dos Monstros (King of The Monsters)
Realizador: Michael Dougherty
Argumentista: Max Borenstein & Zach Shields & Michael Dougherty
Estreia: 30 de maio de 2019
Idade que Recomendo: +10 (maturidade da ficção)
Género: Drama & Thriller & Ficção Científica & Ação
Duração: 132 minutos

Se, por um lado, Godzilla II encanta os seus fãs com os novos monstros que apresenta, por outro lado, peca pela falta de coesão do guião. É, de grosso modo, um filme pobre.


De facto, Godzilla II: O Rei dos Monstros é o filme ideal se procuras um mundo dominado por monstros, de guerrilhas e de devastação. Os efeitos especiais estão suficientemente bem desenvolvidos para cativar, e a história é o suficiente para conseguir apreciar a disputa entre o Godzilla e os outros titãs/kaiju (ainda que careça de informações pertinentes, como de “onde” veio o monstro alienígena, ou como é que a sua força e poderes são tão igualáveis e equiparáveis ao dos de Godzilla, sendo este da Terra).

O Rei dos Monstros
O oponente lendário e extraterrestre de Godzilla

Não obstante o referido, a maior fragilidade do filme é o guião referente aos humanos, que carece de coerência e de autenticidade. Não só se pode predizer no início o percurso e o evoluir trivial das personagens, como também as suas mortes e sacrifícios são mecânicos e pouco significativos (excetuando, talvez, a personagem Dr. Ishiro Serizawa, que, ainda que não acrescente nada ao Godzilla original, mantém a sua essência).

Por outras palavras, esperava-se mais do que um pai que faz tudo para salvar a filha e de uma mãe que erra por ser ‘uma vilã pouco convincente’ para acompanhar o Godzilla. A própria mensagem que tentam transmitir — a de a Terra estar a sofrer de sobre-população, poluição e extinção em massa — parece desnuda e é apresentada como suficiente para fazer brilhar o filme. Infelizmente, este conceito já foi abordado centenas de vezes e não consolida minimamente o guião. Além disso, diversos pormenores, desde os cientistas até ao referido “comércio de órgãos de monstros” parece referenciar a “Batalha do Pacífico”, habilitando-se a ser acusado de plágio. Não digo que sejam pormenores dispensáveis ou banais, mas antes que devem ser contextualizados de forma a não coincidir com mundos previamente estreados.

Godzilla
O lazer radioativo destrutivo de Godzilla

Em relação ao elenco, não tenho nada nem ninguém a salientar. Foi somente satisfatório, provavelmente consequência do guião infeliz.

Em contrapartida, os cenários e o nascimento/despertar dos monstros são apreciáveis, restando o próximo filme, "Godzilla VS Kong" (2020), para definir se Godzilla está, de facto, sob as mãos de guionistas pouco habilidosos.

Sinopse | CONHECE O FILME EMOTIVO DO MOMENTO

A agência cripto-zoológica Monarch é colocada diante de um novo grupo de monstros onde o poderoso Godzilla colide com Mothra, Rodan, e a sua derradeira némesis, o monstro de três cabeças, King Ghidorah.

Quando estas antigas super-espécies, que se pensava serem meros mitos, surgem à face da Terra para uma devastadora luta pela supremacia, é a existência da humanidade que fica presa por um fio e tragicamente ligada ao destino de um destes gigantes.

Trailer | EMOCIONA-TE COM UM ATO DE FÉ




Avalio — 64 em 100

  • Originalidade (clichês...):
    • Conceitos originais (até 0,25) — 0,15
    • Aproveitamento dos conceitos originais (0,25) — 0,05 (nunca superior à alínea anterior)
  • Porque sim (o que penso que merece, até 0,5) — 0,30
  • Cenários (até 0,25) — 0,25
  • Elenco:
    • Genuinidade/Naturalidade/Destreza (até 0,50) — 0,25
    • Empatia (até 0,25) — 0,10
    • Inédito/Impacto (0,25) — 0,10
  • Técnica (duração & outras qualidades, até 0,25) — 0,20
  • Guião:
    • Coesão/Lógica (até 0,5) — 0,25
    • Fresco/Acrescenta (até 0,25) — 0,05
    • Cativante (até 0,25) — 0,15
  • Efeitos, adereços... (até 0,25) — 0,20
  • Banda sonora (até 0,25) — 0,20
  • Fiel ao tema (até 0,25) — 0,25
  • É um filme:
    • Consegue ver-se (0 ou 0,25) — 0,25
    • É mesmo um filme (0 ou 0,25) — 0,25 (dependente da alínea anterior)
  • Exigência (filme de grande produtora, expectativas iniciais..., até 0,25) — 0,20

TOTAL — 3,20 em 5,00 = 64%

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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Seduz-me Se És Capaz | Análise da Comédia

Long Shot
Título: Seduz-me Se És Capaz (Long Shot)
Realizador: Jonathan Levine
Estreia: 1 de miaio de 2019
Idade que Recomendo: +14 (maturidade)
Género: Comédia, drama & romance
Duração: 125 minutos

Provavelmente um dos filmes mais robustos desta temporada de cinema, "Seduz-me Se És Capaz" cativa com um humor sincero e real.


De momento, temos uma panóplia de filmes extremamente populares no cinema, desde "Shazam" e "Capitão Marvel" a "Hellboy" e ao invicto "Vingadores: Endgame". Sem me querer demorar neste tema, penso que todos estes títulos carecem de algo fundamental, um guião sólido (excetuando, talvez, "Shazam", embora peque noutros aspetos). Pelo contrário, "Seduz-me Se És Capaz" é uma comédia de menor dimensão e mais humilde. Pretende apresentar algo mais genuíno, ao invés de um blockbuster nitidamente concentrado em 'subir as audiências e fazer dinheiro'. 

Os lemas do filme, ainda que, como já referi, sejam modestos, são habilmente transmitidos ao espectador, desde ao "amar despretensiosamente" até à realidade de todos termos a nossa individualidade e intimidade, incluindo os indivíduos mais célebres e atarefados. O conceito da igualdade de género também é abordado, quase sem a redução ao ridículo/cena forçada típica dos filmes que pretendem passar esta mensagem (como a cena feminista de "Vingadores: Endgame" que, ainda que deslumbrante, parece demasiado forçada).

Seduz-me Se És Capaz

Os cenários, ainda que relativamente simples — como o interior de um avião, o evento da aurora boreal e a magnificência de uma mansão — estão bem enquadrados e ficam na memória. "Seduz-me Se És Capaz" não está carregado de piadas ou trocadilhos humorísticos, mas antes de um bom humor contagiante e cativante, capaz de entreter à meia-noite e mesmo com a sua longa duração (2 horas).

Ressalta dizer que esta comédia não é de todo uma obra-prima. O final, por exemplo, foi apressado e encerado de forma a terminar como qualquer filme 'que se preze e queira ser prezado' — E Viveram Felizes Para Sempre.... Também houve alguns aspetos dispensáveis, como a crítica subjacente na personagem do presidente dos EUA, talvez demasiado disparatada (embora a mensagem também seja habilmente transmitida).

Seduz-me Se És Capaz

Por fim, falta falar do elenco. Os dois protagonistas são interpretados por Charlize Theron (de "A Branca de Neve e o Caçador", "Atomic Blonde - Agente Especial" e "Mad Max: Estrada da Fúria") e Seth Rogen (de "Má Vizinhança"). Embora as mais recentes comédias de Seth não tenham sido nada de especial, este conseguiu a parceira ideal, Charlize, que emparelha e adoça o seu humor mordaz. Esta dupla propõe uma história honesta, pelo menos até perto do final, aliada a uma boa dose de ação, de gargalhadas e de espontaneidade. Devido à intimidade apresentada, não é um filme indicado para crianças.

Sinopse | CONHECE SEDUZ-ME SE ÉS CAPAZ

Fred Flarsky é um jornalista que, devido à sua escrita (excessivamente) arrebatada, está novamente desempregado. Um dia, por casualidade, encontra Charlotte Field, que em tempos foi sua "babysitter" mas que hoje se transformou numa das mais influentes mulheres do mundo. De secretária de Estado, ela concorre agora à presidência dos EUA. Contente por voltar a vê-lo, Charlotte contrata Fred, que a conhece há várias décadas, para escrever os seus discursos e para os transformar em algo menos solene do que o habitual. Contudo, o que parecia ser uma parceria estritamente profissional depressa vai dar lugar a algo mais…

Trailer | ENTRA NA COMÉDIA DO MOMENTO


Avalio — 84 em 100

  • Originalidade (clichês...):
    • Conceitos originais (0,25) — 0,15
    • Aproveitamento dos conceitos originais (0,25) — 0,15 (nunca superior à alínea anterior)
  • Porque sim (o que penso que merece, 0,5) — 0,4
  • Cenários (0,25) — 0,25
  • Elenco:
    • Genuinidade/Naturalidade/Destreza (0,50) — 0,4
    • Empatia (0,25) — 0,25 
    • Inédito/Impacto (0,25) —  0,2
  • Técnica (duração & outras qualidades, 0,25) — 0,25
  • Guião:
    • Coesão/Lógica (0,5) — 0,35
    • Fresco/Acrescenta (0,25) — 0,2
    • Cativante (0,25) — 0,25
  • Efeitos, adereços... (0,25) — 0,2
  • Banda sonora (0,25) — 0,2
  • Fiel ao tema (0,25) —0,25
  • É um filme:
    • Consegue ver-se (0 ou 0,25) — 0,25
    • É mesmo um filme (0 ou 0,25) — 0,25
  • Exigência (filme de grande produtora..., 0,25) — 0,2

TOTAL — 4,20 em 5,00 = 84%


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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Glass | Análise do thriller


Glass | crítica
Título: Glass
Realizador: M. Night Shyamalan
Estreia: 17 de janeiro de 2019
Idade que Recomendo: +14 (maturidade, cenas sangrentas)
Género: Ação, Mistério Psicológico, Drama
Duração: 129 minutos

"Glass" é a compilação muito esperada dos filmes "O Protegido" e "Fragmentado". Embora não seja tão consistente como os anteriores, tem um final a destacar.


Para mim, "Glass" está num impasse. Se, por um lado adorei, a história assente na banda-desenhada, recheada de raciocínios invulgares e fascinantes; por outro lado, senti uma lacuna no caráter das personagens (excetuando a do Mr. Glass e a da Dr. Ellie).

"Glass" apresenta um elenco arrebatador, protagonizado por Bruce Willis (David Dunn), James Mcavoy (Kevin e restantes 22 personalidades), Samuel L. Jackson (Mr. Glass) e Sarah Paulson (Dr. Ellie). Houve, contudo, momentos de fraqueza em que os movimentos não foram tão fluídos quanto deviam. 

Em parte, penso que tal se deve à vontade de salientar a genialidade do Mr. Glass. Conseguiram fazê-lo, mas não sem reduzir a perspicácia de David e a magnificência de Kevin. Deste modo, o guião fez jus ao filme "O Protegido", continuando a sucessão de pensamentos e crenças do Mr. Glass e do David. Porém, degrada a visão distorcida e macabra apreciada em "Fragmentado", rebaixando a mente complexa que era Kevin e as suas 22 personalidades.

Glass | Análise do thriller


Em contrapartida, é de apreciar a humanidade das personagens, tendo todas elas limitações. Onde há uma qualidade arrebatadora, existe um defeito igualmente grande a balanceá-la. A saga "Divergente" dá bons exemplos disso — na medida em que uma pessoa muito altruísta não deve pensar o suficiente em si. 
Cada um destes 3 protagonistas tem alguém que ama, algo típico das BD's e otimamente utilizado no filme, conquistando desde início a compaixão do espectador. O final não teria o mesmo impacto sem eles. E, já que abordamos o final, adianto (sem spoilers) que este foge à regra dos típicos filmes de super-heróis e, só por isto, já dou uma salva de palmas ao realizador. O desfecho não é fantástico, mas cumpre o que promete — ser Anti-MCU (Anti - Universo Cinematográfico Marvel)

"Glass" é a aventura de super-heróis ideal para quem procura uma história cognitiva e com algum caráter.


Sinopse | CONHECE ESTE UNVIERSO ANTI-MCU

O segurança David Dunn é um homem anónimo até ao dia em que se torna o único sobrevivente de um devastador acidente ferroviário. Não percebe porque é que todos os passageiros morreram e ele não sofreu qualquer ferimento. Um desconhecido, que sofre de uma doença de ossos e que é fanático por livros de banda desenhada, começa a persegui-lo. Chama-se Elijah Price e tem uma teoria sobre o sucedido. Em contraponto a estas duas personagens existe Kevin, que sofre de um grave transtorno dissociativo de identidade e que possui dentro de si mais de duas dezenas de personalidades distintas. Quando a Dr.ª Ellie Staple, uma psiquiatra especializada em tratamentos de megalomania, os reúne para estudo, dá início a um perigoso jogo de manipulação em que cada um deles assume um papel inesperado.

Trailer | PREPARA-TE PARA O RACIOCÍNIO BRILHANTE DE MR. GLASS 


Avalio — 3,9/5,0 estrelas


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Sete Estranhos no El Royal | Análise de cinema



quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Sete Estranhos no El Royal | Análise de cinema


Título: Sete Estranhos no El Royale (Bad Times at the El Royale)
Realizador: Drew Goddard
Estreia: 18 de outubro de 2018
Idade que Recomendamos: +16 (maturidade, cenas sangrentas e perversas)
Género: Mistério Psicológico (Drama e Suspense)
Duração: 140 minutos

Tipicamente americano, “Sete Estranhos no El Royal” apresenta uma parábola que quer ser diferente. Mas, no fundo, será tudo areia da mesma praia?


Para começar, destaco os cenários e adereços cénicos. São a particularidade mais briosa do filme, sob o pretexto do decadente hotel luxuoso El Royale, construído na fronteira entre os estados da Califórnia e do Nevada. No estabelecimento, os hóspedes têm a opção de residir no glamoroso Nevada ou no majestoso sol poente da Califórnia. Embora a ideia não seja inédita, foi abordada com eloquência, conseguindo conciliar beleza estética com um ambiente mortífero.

O filme tem uma boa dose de mistério vintage. Com mais de duas horas de duração, há oportunidades para apresentar e aprofundar cada uma das personagens, que, como o próprio título indica, se resumem a sete entidades.


Sendo os mistérios psicológicos um dos temas que mais aprecio, é de esperar que conheça vários títulos do tema e, apesar de "Sete Estranhos no El Royale" se distinguir pela sua expressividade estóica, dispersa-se nas trivialidades que regem os filmes americanos. Revela semelhantes a outros títulos do género, como "Terminal". Todavia, a grande desilusão veio com o final mais feliz e esperado possível e da consciência das personagens. Muito embora tentem desenvolvê-las seguras e de mentalidades distintas, elas vão de encontro à ação padrão do guião.

Abordando o elenco, acredito que se justifica a separação deste em dois grupos — o dos naturais e o dos artificiais. Por um lado, temos o dos naturais, onde incluo o Jeff Bridges, a Cynthia Erivo, a Dakota Johnson e o Jon Hamm.  Este grupo contribuiu para o encanto do El Royale, com atuações exímias e autênticas. Curiosamente, foi este conjunto de estrelas a iniciar o filme. 
Por outro lado, mais tarde surgem os atores Chris HemsworthCailee Spaeny Lewis Pullman. Cada um destes três representa uma classe profunda, ainda que minoritária, da sociedade. Porém, todos carecem de individualidade e veracidade. Não há dúvidas que o Chris Hemsworth era o grande destaque deste filme, não só pelo seu papel como Thor na saga "Vingadores" como também pela sua prestação shirtless durante a longa-metragem. Começou com o pé direito, encarnando um vilão em ascensão, para terminar aos tropeções, como uma personagem débil e carente.

Parte do 'grupo dos naturais'

O filme é comprido, desenvolvendo-se numa primorosa primeira hora e meia imprevisível (dedicada ao 'grupo dos naturais'). Depois, aproxima-se do desfecho e entra em declínio, onde encontramos  um fim indigno.

"Sete Estranhos no El Royal" vive um policial ao estilo dos anos 70, onde a derradeira questão é — quem acabará vivo? A resposta verifica-se, infelizmente, frouxa.


Sinopse | CONHECE ESTE HOTEL DE SONHO

Sete estranhos, cada um com um segredo por enterrar, encontram-se no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Durante uma noite fatídica, todos terão uma última oportunidade de se redimir... antes que tudo corra mal.

Trailer | RESERVA UM QUARTO NO EL ROYALE


Avaliamos — 4,1/5,0 estrelas


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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O Mistério da Casa do Relógio | Análise do filme


O Mistério da Casa do Relógio | Análise do filme
Título: O Mistério da Casa do Relógio (The House with a Clock in Its Walls)
Realizadores: Eli Roth
Estreia: 20 de setembro de 2018
Idade que Recomendamos: +10
Género: Aventura, Drama e Fantasia
Duração: 104 minutos

"O Mistério da Casa do Relógio" é globalmente satisfatório. Tem um guião simples, um elenco pequeno, adereços cénicos básicos e uma pitada de magia.


Quem viu o trailer, ouviu falar ou leu alguma crítica (como esta 😉) sobre "O Mistério da Casa do Relógio) deve suspeitar de que não estamos a falar de um conto maravilhoso. Honestamente, ver este filme é uma das muitas maneiras decentes de se perder tempo.

"O Mistério da Casa do Relógio" é dos títulos com menor orçamento dentro do género de fantasia, como "Nárnia", "Harry Potter" e "Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los". Quase logicamente, o filme não chega aos calcanhares de nenhum destes títulos.

O Mistério da Casa do Relógio Crítica

O elenco mal tem uma dúzia de membros, e os protagonistas restringem-se às três personagens da imagem abaixo (o que podia não ser um defeito, neste caso é). São alegres, fora do normal, mas com um passado corriqueiro e pouco explicado. Os atores representaram como esperado, sem nenhum destaque digno de mencionar.

A bruxaria e o ambiente soturno vivido dentro da 'Casa do Relógio' podem ser considerados uma compilação de títulos anteriores, desde "A Casa Fantasma" até à fantasia de "Monstros Fantásticos". A história em si tem um mistério parco, e a ação é escassa. 
Os adereços cénicos — incluindo umas apetitosas bolachas de nozes — são a sua maior faculdade. É, talvez, a única característica do filme que pode ser considerada mágica.

O Mistério da Casa do Relógio | Análise do filme

Por tudo o que referi, fiquei com a ideia de que "O Mistério da Casa do Relógio" podia ser uma paródia de "Monstros Fantásticos", típico dos blockbusters. A única objeção contra esta conclusão são as personagens que, embora triviais, são demasiado sóbrias para o efeito. Ironicamente, foi como se tentassem ser levadas a sério, mas temessem já estar derrotadas.

Ao contrário de "Harry Potter", este é um filme exclusivo a crianças. Infelizmente, temo que não capte a atenção das mais pequenas (é sombrio, maduro e em inglês), nem das mais velhas (por ser "mais um" do género).

"O Mistério da Casa do Relógio" enquadra-se numa sessão caseira de cinema, quando não temos mais nada para ver com os pequenos.


Sinopse | ENTRA NO MISTÉRIO MÁGICO

A aventura mágica conta a arrepiante história de Lewis (Owen Vaccaro) que aos 10 anos se muda para a assustadora casa do tio (Jack Black) que oculta um misterioso relógio no seu interior. A nova cidade é bastante pacata, mas isso muda quando Lewis acidentalmente acorda os mortos e a cidade é invadida por um mundo secreto de bruxas e feiticeiros.

Trailer | O MISTÉRIO DA CASA DO RELÓGIO


Avaliamos — 2,6/5,0 estrelas

O Mistério da Casa do Relógio | Análise do filme

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Siren | Análise do primeiro episódio

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Smallfoot - Uma Aventura Gelada | Resenha Bambina

Smallfoot - Uma Aventura Gelada | Resenha Bambina


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Smallfoot - Uma Aventura Gelada | Resenha Bambina


Smallfoot - Uma Aventura Gelada
Título: Smallfoot - Uma Aventura Gelada
Realizadores: Glenn Ficarra e Ryan O'Loughlin
Estreia: 04 de outubro de 2018
Idade que Recomendamos: todas
Género: Aventura, Drama e Ação
Duração: 96 minutos

"Smallfoot" é um símbolo de alegria! Com um grupo de Yetis animados, o filme apresenta uma banda sonora melodiosa. Tens coragem para esta aventura gelada?


"Smallfoot — Uma Aventura Gelada" revive uma das lendas mais antigas, a existência do Abominável Homem das Neves (Yeti) pela região dos Himalaias. De facto, desde 1961 que o governo do Nepal declarou oficialmente que as criaturas existem. Desde este anúncio, houve diversos clássicos de horror/terror sobre o tema, todavia, Yetis em versão animada é uma estreia.

A versão inglesa do filme conta com Channing TatumJames Corden, Common e Zendaya; enquanto a tradução portuguesa conta com David Carreira, Ana BacalhauPedro Giestas e Eduardo Madeira. Como já é tradição no blogue, assisti ao filme em português. Tenho a destacar as melodias. As melhores partes do filme são durante as cenas musicais. Tanto a animação como as vozes encantam acompanhadas por uma sinfonia atual e possante.

Smallfoot - Uma Aventura Gelada | Resenha Bambina

O enredo agrada, embora termine com o desfecho típico das obras infantis. O tema da história é muito belo, principalmente devido às animações alegres e coloridas. A maquinaria que vive em torno e dentro da montanha dos Yetis é deslumbrante, tal como as histórias malucas em que os Yetis acreditam (e que suspeito ser uma alegoria frontal à maneira de ser da nossa comunidade).
Em paralelo, é um filme educativo sobre os ambientes nórdicos, revelando o porquê de não sobrevivermos no topo dos Himalaias. Nele, também encontramos algumas referências maduras, como a 'versão pé grande' do jogo do "Pac-Man".

A tradução foi quase perfeita, apenas com atraso num par de falas. Enérgicas e entusiasmadas, as vozes protagonistas vigoraram. Não há um vilão assumido, mas antes más decisões (consequência do medo do desconhecido). Neste ponto, apresentaram bem o mistério e temor que ronda a lenda ancestral do Pé Grande. Descobre já a seguir a verdadeira história do Monstro Abominável das Neves!

Smallfoot Crítica

Yeti | A VERDADEIRA HISTÓRIA

No topo do mundo, nomeadamente na terra congelada das Montanhas dos Himalaias, esconde-se um terrível e imponente monstro-homem conhecido como o Abominável Homem das Neves!

Atualmente, os moradores ainda confessam ouvir os sussurros da criatura, também chamada de Yeti (ou Ieti). Por vezes, um deles tem a sorte tremenda (ou azar, dependendo da perspetiva) de encontrar-se com a criatura gigante, sem aviso prévio, apenas para a ver desaparecer num redemoinho rodopiante de vento, gelo e neve. E os aldeões não são os únicos a testemunhar os esquivos gigantes do gelo a percorrerem a perigosa cadeia montanhosa entre o Nepal e o Tibete. De acordo com o folclore, o monstruoso Yeti pode ser algum tipo de “elo perdido” — alguma coisa na escala evolutiva entre macaco, homem e semi-deus — uma força de natureza inigualável que NÃO deve ser levada em conta.

E, ao contrário de seus primos cryptid, Sasquatch e Bigfoot, as origens secretas do Yeti podem ser discernidas em antigos ritos religiosos pré-budistas. Antigamente, os aldeões da montanha uma vez adoraram o Yeti como uma entidade sobrenatural - um deus da caça. Representavam-no em totens enfeitados nas em aldeias, nos templos e nos santuários, como um híbrido macaco-humano ameaçador. Ilustrações retratam o colosso da neve empunhando uma grande arma de pedra, preparada para cortar bestas e homens.

Tendo uma animação soberba e uma musicalidade encantadora, "Smallfoot" acompanha os pequenos enquanto alegra os seus acompanhantes.


Sinopse | CONHECE O MUNDO DE SMALLFOOT

"Smallfoot – Uma Aventura Gelada" dá a volta à lenda do "Pé Grande" quando um jovem Yeti encontra algo que julgava não existir – um humano! A notícia da existência deste "Pé Pequeno" deixa a comunidade de Yetis em tumulto sobre o que mais poderá habitar o mundo para lá da sua vila carregada de neve, numa história sobre amizade, coragem e a alegria da descoberta.

Trailer | PREPARA-TE PARA A AVENTURA MAIS GELADA


Avaliamos — 4,1/5,0 estrelas

Smallfoot análise

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terça-feira, 18 de setembro de 2018

The Nun — A Freira Maldita supera o seu próprio recorde!

No segundo fim de semana após a estreia, "The Nun" conquista novo recorde com o apoio de centenas de milhares de portugueses.


"The Nun" acaba de estabelecer um novo recorde, acumulando 250 mil espectadores em território português. As receitas brutas superam os 1,4 milhões de euros. E continua a somar… 

O novo capítulo do universo "The Conjuring" foi pelo segundo fim-de-semana consecutivo a principal escolha dos portugueses nas salas de cinema e já superou os números de "IT: A Coisa", que ocupava a liderança de distribuição de filmes de terror com 223.901 espectadores e 1,2 milhões de euros em receitas brutas. 

A nível internacional, "The Nun" já superou os 175 milhões de euros, recorde que eleva as receitas da saga para cerca de 1,2 mil milhões de euros.


O filme aterrorizante "The Nun – A Freira Maldita" mergulha na origem assombrosa da freira demoníaca Valak, que fez a sua primeira aparição em "The Conjuring 2 – A Evocação". O filme é produzido por James Wan (realizador dos dois filmes "The Conjuring – A Evocação" e o muito aguardado "Aquaman") e Peter Safran. (Franchise “The Conjuring”).

Conhece a nossa análise do filme "The Nun" AQUI.

Sinopse oficial | CONHECE THE NUN

Quando uma jovem freira enclausurada numa abadia na Roménia se suicida, um sacerdote com um passado assombrado e uma noviça no limiar dos seus votos finais, são enviados pelo Vaticano para investigar este acontecimento. Juntos descobrem o segredo profano da Ordem, arriscando não só as suas vidas mas também as suas próprias almas e fé. Confrontam ainda uma força maléfica na forma de freira demoníaca – a mesma que aterrorizou os espetadores em “The Conjuring 2 – A Evocação” - enquanto a abadia se transforma num terrível campo de batalha entre os vivos e os condenados às trevas.

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The Nun — A Freira Maldita | Análise do terror
Siren | Análise do primeiro episódio

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

The Nun — A Freira Maldita | Análise do terror


Título: The Nun — A Freira Maldita
Realizador: Corin Hardy
Estreia: 06 de setembro de 2018
Idade que Recomendamos: +14 (terror)
Género: Terror, Drama e Suspense
Duração: 97 minutos

Pobre em sustos eficazes, "The Nun" assemelha-se a um clássico de terror insosso. Teve, certamente, mais sucesso do que devia.


Antes de mais, admito que não assisti com atenção a nenhum dos "The Conjuring" que sucedem cronologicamente "The Nun". Embora tenha visto o filme na companhia de alguém conhecedor dos anteriores, avaliarei o filme com esta lacuna.

Foi com surpresa que recebi a notícia de "The Nun" superar as expectativas, na medida em que se tornou a maior estreia de sempre de um filme de terror em Portugal. Só durante a primeira semana de exibição, teve mais de 150 mil espectadores (com uma receita bruta de cerca de 920 mil euros). Se por acaso tivesse dúvidas deste novo recorde, fiquei esclarecido quando entrei na sala de cinema (durante a segunda semana de exibição) e encontrei apenas as filas da frente desocupadas.

Numa primeira análise, "A Freira Maldita" aposta em intensos efeitos visuais, mistério e um estranho humor doentio. Existem vários momentos para pensares "é desta que vou saltar de susto!". Infelizmente, a sua maioria resulta numa ação demasiado esperável e intuitiva. 

Deus Termina Aqui

A história é invulgarmente coerente, fantasiando com convicção o espiritualismo obscuro que invade o mundo. Faltam alguns pontos nos is, mas nada que não seja espectável de um filme como este. Apesar de muitas cenas óbvias e vulgares, há momentos de raciocínio e dúvida, tais como:

 "Onde estão os outros? Isto é real? Porque escolheram uma noviça para acompanhar o padre... porquê?" 

A Freira Maldita
A Freira Maldita

O elenco esteve bem, particularmente a protagonista freire Irene, representada pela atriz Taissa Farmiga. Taissa é conhecida pelo seu papel na série "American Horror Story". Embora ainda não a conhecesse, apreciei a sua destreza e dedicação para com a personagem. Mais que todos, Taissa viveu o filme.

Por fim, faltam referir os cenários, o guarda-roupa e a banda sonora. Em relação a esta última, não tenho nada a salientar. Os cenários, por outro lado, considero dignos de nota — em torno da abadia reina um tema natural, sinistro e apelativo; enquanto que a abadia respira o ambiente gótico e soturno ideal para o terror. O guarda-roupa não podia ser mais simples, com as típicas vestes religiosas.

Escolho sessões de cinema em horários de pouca procura, para sentir ainda mais o terror. Infelizmente, o filme tem sido tão assistido que não me foi possível fazê-lo. Se também tens este hábito, aconselho-te a aguardares uma a duas semanas. Afinal, a Freira Maldita já tem milénios e espera facilmente uma quinzena por ti 😉.


Basicamente um cliché de terror, "The Nun" distingue-se pelas relações diretas com "The Conjuring" e pela sua história coesa.


Sinopse | CONHECE A HISTÓRIA POR DETRÁS DE THE CONJURING

Quando uma jovem freira enclausurada numa abadia na Roménia se suicida, um sacerdote com um passado assombrado e uma noviça no limiar dos seus votos finais, são enviados pelo Vaticano para investigar este acontecimento. Juntos descobrem o segredo profano da Ordem, arriscando não só as suas vidas mas também as suas próprias almas e fé. Confrontam ainda uma força maléfica na forma de freira demoníaca – a mesma que aterrorizou os espectadores em “The Conjuring 2 – A Evocação” - enquanto a abadia se transforma num terrível campo de batalha entre os vivos e os condenados às trevas.

Trailer | ENTRA NO TERROR DE THE NUN


Avaliamos — 3,3/5,0 estrelas


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