Título: Godzilla 2: O Rei dos Monstros (King of The Monsters)
Realizador: Michael Dougherty
Idade que Recomendo: +10 (maturidade da ficção)
Género: Drama & Thriller & Ficção Científica & Ação
Duração: 132 minutos
Se, por um lado, Godzilla II encanta os seus fãs com os novos monstros que apresenta, por outro lado, peca pela falta de coesão do guião. É, de grosso modo, um filme pobre.
De facto, Godzilla II: O Rei dos Monstros é o filme ideal se procuras um mundo dominado por monstros, de guerrilhas e de devastação. Os efeitos especiais estão suficientemente bem desenvolvidos para cativar, e a história é o suficiente para conseguir apreciar a disputa entre o Godzilla e os outros titãs/kaiju (ainda que careça de informações pertinentes, como de “onde” veio o monstro alienígena, ou como é que a sua força e poderes são tão igualáveis e equiparáveis ao dos de Godzilla, sendo este da Terra).
O oponente lendário e extraterrestre de Godzilla |
Não obstante o referido, a maior fragilidade do filme é o guião referente aos humanos, que carece de coerência e de autenticidade. Não só se pode predizer no início o percurso e o evoluir trivial das personagens, como também as suas mortes e sacrifícios são mecânicos e pouco significativos (excetuando, talvez, a personagem Dr. Ishiro Serizawa, que, ainda que não acrescente nada ao Godzilla original, mantém a sua essência).
Por outras palavras, esperava-se mais do que um pai que faz tudo para salvar a filha e de uma mãe que erra por ser ‘uma vilã pouco convincente’ para acompanhar o Godzilla. A própria mensagem que tentam transmitir — a de a Terra estar a sofrer de sobre-população, poluição e extinção em massa — parece desnuda e é apresentada como suficiente para fazer brilhar o filme. Infelizmente, este conceito já foi abordado centenas de vezes e não consolida minimamente o guião. Além disso, diversos pormenores, desde os cientistas até ao referido “comércio de órgãos de monstros” parece referenciar a “Batalha do Pacífico”, habilitando-se a ser acusado de plágio. Não digo que sejam pormenores dispensáveis ou banais, mas antes que devem ser contextualizados de forma a não coincidir com mundos previamente estreados.
O lazer radioativo destrutivo de Godzilla |
Em relação ao elenco, não tenho nada nem ninguém a salientar. Foi somente satisfatório, provavelmente consequência do guião infeliz.
Em contrapartida, os cenários e o nascimento/despertar dos monstros são apreciáveis, restando o próximo filme, "Godzilla VS Kong" (2020), para definir se Godzilla está, de facto, sob as mãos de guionistas pouco habilidosos.
Sinopse | CONHECE O FILME EMOTIVO DO MOMENTO
A agência cripto-zoológica Monarch é colocada diante de um novo grupo de monstros onde o poderoso Godzilla colide com Mothra, Rodan, e a sua derradeira némesis, o monstro de três cabeças, King Ghidorah.
Quando estas antigas super-espécies, que se pensava serem meros mitos, surgem à face da Terra para uma devastadora luta pela supremacia, é a existência da humanidade que fica presa por um fio e tragicamente ligada ao destino de um destes gigantes.
Trailer | EMOCIONA-TE COM UM ATO DE FÉ
Avalio — 64 em 100
- Originalidade (clichês...):
- Conceitos originais (até 0,25) — 0,15
- Aproveitamento dos conceitos originais (0,25) — 0,05 (nunca superior à alínea anterior)
- Porque sim (o que penso que merece, até 0,5) — 0,30
- Cenários (até 0,25) — 0,25
- Elenco:
- Genuinidade/Naturalidade/Destreza (até 0,50) — 0,25
- Empatia (até 0,25) — 0,10
- Inédito/Impacto (0,25) — 0,10
- Técnica (duração & outras qualidades, até 0,25) — 0,20
- Guião:
- Coesão/Lógica (até 0,5) — 0,25
- Fresco/Acrescenta (até 0,25) — 0,05
- Cativante (até 0,25) — 0,15
- Efeitos, adereços... (até 0,25) — 0,20
- Banda sonora (até 0,25) — 0,20
- Fiel ao tema (até 0,25) — 0,25
- É um filme:
- Consegue ver-se (0 ou 0,25) — 0,25
- É mesmo um filme (0 ou 0,25) — 0,25 (dependente da alínea anterior)
- Exigência (filme de grande produtora, expectativas iniciais..., até 0,25) — 0,20
TOTAL — 3,20 em 5,00 = 64%