Sete Estranhos no El Royal | Análise de cinema - Para Lá da Kapa

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Sete Estranhos no El Royal | Análise de cinema


Título: Sete Estranhos no El Royale (Bad Times at the El Royale)
Realizador: Drew Goddard
Estreia: 18 de outubro de 2018
Idade que Recomendamos: +16 (maturidade, cenas sangrentas e perversas)
Género: Mistério Psicológico (Drama e Suspense)
Duração: 140 minutos

Tipicamente americano, “Sete Estranhos no El Royal” apresenta uma parábola que quer ser diferente. Mas, no fundo, será tudo areia da mesma praia?


Para começar, destaco os cenários e adereços cénicos. São a particularidade mais briosa do filme, sob o pretexto do decadente hotel luxuoso El Royale, construído na fronteira entre os estados da Califórnia e do Nevada. No estabelecimento, os hóspedes têm a opção de residir no glamoroso Nevada ou no majestoso sol poente da Califórnia. Embora a ideia não seja inédita, foi abordada com eloquência, conseguindo conciliar beleza estética com um ambiente mortífero.

O filme tem uma boa dose de mistério vintage. Com mais de duas horas de duração, há oportunidades para apresentar e aprofundar cada uma das personagens, que, como o próprio título indica, se resumem a sete entidades.


Sendo os mistérios psicológicos um dos temas que mais aprecio, é de esperar que conheça vários títulos do tema e, apesar de "Sete Estranhos no El Royale" se distinguir pela sua expressividade estóica, dispersa-se nas trivialidades que regem os filmes americanos. Revela semelhantes a outros títulos do género, como "Terminal". Todavia, a grande desilusão veio com o final mais feliz e esperado possível e da consciência das personagens. Muito embora tentem desenvolvê-las seguras e de mentalidades distintas, elas vão de encontro à ação padrão do guião.

Abordando o elenco, acredito que se justifica a separação deste em dois grupos — o dos naturais e o dos artificiais. Por um lado, temos o dos naturais, onde incluo o Jeff Bridges, a Cynthia Erivo, a Dakota Johnson e o Jon Hamm.  Este grupo contribuiu para o encanto do El Royale, com atuações exímias e autênticas. Curiosamente, foi este conjunto de estrelas a iniciar o filme. 
Por outro lado, mais tarde surgem os atores Chris HemsworthCailee Spaeny Lewis Pullman. Cada um destes três representa uma classe profunda, ainda que minoritária, da sociedade. Porém, todos carecem de individualidade e veracidade. Não há dúvidas que o Chris Hemsworth era o grande destaque deste filme, não só pelo seu papel como Thor na saga "Vingadores" como também pela sua prestação shirtless durante a longa-metragem. Começou com o pé direito, encarnando um vilão em ascensão, para terminar aos tropeções, como uma personagem débil e carente.

Parte do 'grupo dos naturais'

O filme é comprido, desenvolvendo-se numa primorosa primeira hora e meia imprevisível (dedicada ao 'grupo dos naturais'). Depois, aproxima-se do desfecho e entra em declínio, onde encontramos  um fim indigno.

"Sete Estranhos no El Royal" vive um policial ao estilo dos anos 70, onde a derradeira questão é — quem acabará vivo? A resposta verifica-se, infelizmente, frouxa.


Sinopse | CONHECE ESTE HOTEL DE SONHO

Sete estranhos, cada um com um segredo por enterrar, encontram-se no El Royale, em Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio. Durante uma noite fatídica, todos terão uma última oportunidade de se redimir... antes que tudo corra mal.

Trailer | RESERVA UM QUARTO NO EL ROYALE


Avaliamos — 4,1/5,0 estrelas


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3 comentários:

  1. Gostei do filme, 3* Para ti quem achas que estava nas fitas? Pensei num dos irmãos Kennedy

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  2. Também penso no irmão Robert F. Kennedy, embora aprecie o anonimato da fita, como a essência do próprio hotel.

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  3. Eu odiei não ter sabido quem estava na fita, mas há várias teorias e uma dela fala no Robert e outra no Martin Luther King.

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